quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

FAQ's

O que são células estaminais?

As células estaminais são células indiferenciadas que podem ser expandidas, se auto-renovarem e se diferenciarem em diferentes tipos celulares. Existem diferentes tipos de células estaminais. Durante o desenvolvimento embrionário, estas células especializam-se, originando os vários tipos de células do corpo, desde as células do músculo cardíaco, células nervosas, glóbulos vermelhos ou células da pele, etc. Mais tarde, no indivíduo adulto, as células estaminais reparam tecidos danificados e substituem as células que vão morrendo. As células estaminais desempenham um papel crucial na saúde e bem-estar de cada um de nós, podendo ser usadas em transplantes para curar doenças em que os tecidos foram perigosamente danificados. 

Que tipos de células estaminais existem?

Existem vários tipos de células estaminais: Embrionárias, Adultas e do cordão umbilical.
As Células estaminais embrionárias são retiradas do embrião e, obviamente, existem grandes questões éticas associadas à sua utilização. São as únicas que são TOTIPOTENTES, pois podem dar origem a qualquer tipo de célula do corpo.
As Células estaminais adultas são encontradas no corpo humano adulto (daí o nome), em vários órgão diferentes. Existem na MEDULA ÓSSEA (material gelatinoso que existe dentro dos ossos maiores do corpo e já são usadas há muito tempo em transplantes), no CÉREBRO, nos VASOS SANGUÍNEOS, no SANGUE PERIFÉRICO (sangue que circula no coração, nas veias, nas artérias e nos capilares), no MÚSCULO ESQUELÉTICO (são os músculos que estão ligados ao esqueleto - daí o nome - e que contraímos voluntariamente para nos movermos), na PELE, FÍGADO, entre outros.
 As Células estaminais do cordão umbilical existem no sangue do cordão umbilical e também podem ser consideradas como células estaminais adultas porque, apesar de estarem num bebé, estão num organismo totalmente formado. São muito parecidas com as células da medula óssea. Aliás, fazem parte da mesma família de células estaminais, chamadas HEMATOPOIÉTICAS - é uma das "palavras difíceis" que significa "células que dão origem aos componentes do sangue" (HEMATO = SANGUE): glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. São mais "novas" que as da medula óssea e muito mais acessíveis, mas são usadas para tratar, entre outras, as mesmas doenças tratáveis com as células da medula óssea.

Em que situação se encontra o estudo de células estaminais actualmente?

A investigação sobre células estaminais permite actualmente aumentar o conhecimento relativamente à forma como o organismo humano se desenvolve a partir de uma única célula. Constantemente, novas descobertas estão a ser efectuadas a propósito da utilização das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical na reparação e na substituição de células danificadas por células saudáveis.
Equipas de cientistas investigam actualmente terapêuticas com o recurso a células estaminais no tratamento de várias formas de cancro, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, diabetes juvenil e enfarte do miocárdio, entre outras patologias.
Pensamos que, tal como actualmente a utilização de produtos como a penicilina écomum na terapêutica de determinadas doenças, também no futuro, o transplante de células estaminais será uma escolha natural no tratamento de numerosas patologias. Para si, o futuro pode ser hoje, neste momento, ao tomar a decisão de criopreservar as células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical do seu bebé, de forma a proteger a sua saúde futura.








As células estaminais mesenquimais





A primeira referência sobre o isolamento de células estaminais mesenquimais (CEM) foi publicada em 1997. Desde essa altura o conhecimento sobre este tipo de células evoluiu bastante e actualmente já é possível caracterizá-las com relativa facilidade. As CEM são células indiferenciadas, com capacidade de auto-renovação e uma capacidade proliferativa, ou seja, de multiplicação, muito elevada. Possuem uma característica muito importante de suporte do crescimento e da expansão das células estaminais hematopoiéticas (as isoladas a partir do sangue do cordão umbilical), promovendo igualmente o seu enxerto quando aplicadas em conjunto. Podem diferenciar-se em condrócitos (células da cartilagem), osteócitos (células de osso, tendão ou ligamentos), adipócitos (células de gordura) e miócitos (células de músculo).
As células estaminais mesenquimais podem ser isoladas essencialmente a partir de 3 fontes: sangue do cordão umbilical (SCU), matriz do cordão umbilical (MCU) e a partir da medula óssea (MO).
O sangue do cordão umbilical, rico em células estaminais hematopoiéticas (que se diferenciam maioritariamente em células do sistema sanguíneo) possui também células estaminais mesenquimais, mas em quantidades muito reduzidas. O seu isolamento, a partir do sangue do cordão umbilical, é controverso não se conseguindo CEM em grande parte das amostras de sangue de cordão umbilical.
Também na medula óssea e no cordão umbilical, para além das células estaminais hematopoiéticas, existem células estaminais mesenquimais. É possível isolar um número muito superior de células comparativamente ao SCU.
Na medula óssea o processo de obtenção das células é doloroso, implicando sempre a aplicação de anestesia geral, e tem um rendimento muito baixo.
Em oposição, o isolamento a partir do tecido do cordão umbilical tem um rendimento de 100%. Ou seja, é possível o seu isolamento a partir de todas as amostras. É um processo não-invasivo tal como o do sangue do cordão umbilical.
O isolamento pode ser efectuado a partir da matriz ou estroma do cordão umbilical (Wharton´s Jelly) e do subendotélio da veia do cordão umbilical.
Em laboratório estas células podem ser identificadas através da sua morfologia (fibroblastos que crescem aderentes a uma superfície) e de marcadores característicos presentes na sua membrana.
Para além das características enunciadas, as CEM isoladas a partir do cordão umbilical não possuem um complexo de histocompatibilidade major completo encontrando-se ausentes os genes do subgrupo II e um gene do subgrupo I (HLA-DR). Esta característica tem uma enorme importância quando se trata da compatibilidade entre o dador e o receptor. Mesmo não havendo uma compatibilidade entre o dador e o receptor, a probabilidade de ocorrência de doença do transplante contra o hospedeiro (ou seja, a rejeição por parte do receptor do transplante) é praticamente nula.
Foi, de facto, observado que a primeira injecção de células estaminais mesenquimais não produz qualquer resposta imunológica (não houve a produção de anticorpos). Só após repetição de injecções se verifica, em alguns casos, uma resposta imunológica com estas células não havendo, no entanto, rejeição do transplante.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Stem Cells Preservation news

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Um futuro com ‘farmácias’ de células estaminais
Dentro de 20 anos, ‘farmácias’ de células estaminais que disponibilizem terapias de tecidos poderão vir a ser tão comuns como as farmácias normais, de acordo com um cientista de topo. O Professor David Warburton, um dos peritos líder mundial em células estaminais e medicina regenerativa, afirmou que a era da tecnologia de células estaminais está agora apenas a começar.
Num discurso no início de um grande encontro sobre células estaminais em Nottingham (Reino Unido), afirmou: “Dentro de cerca de 20 anos, teremos bancos de células estaminais tal como temos agora farmácias com fármacos. Teremos um diagnóstico para um determinado problema e obteremos células estaminais para tratar esse problema.”


Um estudo revela que o sangue do cordão umbilical é uma opção viável para adultos com leucemia



Investigadores noticiaram, num estudo que pode vir a mudar a prática médica, que doentes de leucemia adultos que não conseguem encontrar um dador compatível para células estaminais do sangue periférico ou da medula óssea necessárias para o seu tratamento podem sobreviver o mesmo tempo se receberem sangue do cordão umbilical. Os doentes que receberam transplantes de sangue do cordão umbilical revelaram sobrevivências sem doença semelhantes às obtidas utilizando células provenientes de uma medula óssea de um dador não relacionado, de acordo com a investigação noticiada na publicação Lancet Oncology. Entre os doentes cuja doença estava em remissão na altura em que receberam os seus transplantes, 40 a 55 porcento estavam vivos e sem leucemia ao fim de dois anos, independentemente da origem do transplante, reportou o estudo. Embora o sangue do cordão umbilical de bancos públicos seja já utilizado em crianças com leucemia, os estudos até agora mostravam resultados discordantes para adultos. Estas descobertas apoiam a utilização de transplantes de sangue do cordão umbilical em adultos quando não existe um dador compatível e quando há necessidade de um transplante urgente, afirma o estudo.




As células estaminais são a arma mais recente contra a asma

As células estaminais são uma grande esperança para o tratamento de muitas patologias, pois têm a capacidade de crescer e transformar-se em muitos tipos diferentes de células, tendo também um efeito curativo quando aplicadas em algumas áreas danificadas do corpo. Os investigadores acreditam que as células estaminais da medula óssea conseguem reduzir a inflamação das vias aéreas, que é a resposta normal do sistema imunitário aos casos graves de asma. Estas células estaminais em particular já são utilizadas para suprimir a resposta inflamatória após os transplantes de medula óssea em humanos. Assim, a Dra. Eva Mezey, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) em Maryland (E.U.A.), e os seus colegas injectaram os ratinhos asmáticos com aquelas células e descobriram que elas faziam desaparecer os sintomas. A asma afecta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e embora as mortes causadas pela asma sejam pouco frequentes, estão a aumentar.


Cientistas utilizam com sucesso sangue do cordão umbilical expandido para tratar leucemia

Foi dado recentemente mais um passo para superar uma dificuldade técnica que vai permitir tornar os transplantes de sangue do cordão umbilical num método amplamente utilizado para o tratamento de leucemia e outros cancros do sangue. Num estudo publicado na revista Nature Medicine, a Dra. Colleen Delaney e colegas descreveram a primeira utilização de um método para expandir em grandes quantidades o número de células estaminais progenitoras de uma unidade de sangue do cordão umbilical (SCU) em laboratório, que foram então utilizadas par infundir em pacientes, o que resultou num enxerto rápido e bem sucedido. O número relativamente reduzido de células estaminais em unidades de SCU (cerca de um décimo do número recebido por um paciente num transplante convencional) tem sido uma razão para que os transplantes de SCU levem mais tempo a enxertar do que transplantes normais de dadores de medula óssea. Quanto mais tempo levar o enxerto, maior será o risco que pacientes imunocomprometidos adquiram infecções potencialmente perigosas, pois não têm praticamente nenhuns glóbulos brancos para as combater. Apesar da desvantagem dos números, o SCU é uma fonte promissora de células estaminais para substituir sangue doente e sistemas imunitários em transplantes de células estaminais uma vez que as células dadas não necessitam de ser completamente compatíveis com o paciente. A falta compatibilidade é a razão de cerca de 30% do total de pacientes que necessitam de um transplante para o tratamento de cancros como a leucemia não encontrarem um dador. Em pacientes de minorias étnicas o número daqueles que não encontram dador compatível eleva-se a cerca de 95%.


Cura de talassemia com recurso a células estaminais do sangue do cordão umbilical

A talassemia surge quando a produção de glóbulos vermelhos é defeituosa. Uma pessoa sofre da doença apenas quando herda um gene defeituoso de ambos os pais. Se herdar apenas de um deles, torna-se portadora da doença. Uma pessoa com a doença tem de receber transfusões sanguíneas mensalmente durante toda a sua vida.

Thamirabharuni, de oito anos, e o seu irmão de um ano Pugazhendhi, partilham uma ligação especial que não se vê normalmente entre parentes. Graças ao seu irmão, a Thamirabharuni já não sofre de talassemia. As células estaminais transplantadas em Março ajudaram-na a livrarse da doença. Cem dias após o procedimento, pode afirmar-se com segurança que ela ficou curada da sua doença. As células estaminais que foram transplantadas vieram de duas origens distintas: o sangue do cordão umbilical (SCU) do irmão, que foi colhido na altura do seu nascimento, e da medula óssea dele. Tiveram de se transplantar células da medula óssea porque o SCU de Pugazhendhi não tinha um número suficiente de células. Se não tivessem células estaminais do SCU, teriam necessitado de cerca de 200ml de medula óssea. É difícil obter esta quantidade de medula óssea a partir de um bebé de nove meses. As células do SCU estavam armazenadas num banco privado.

O sangue do cordão umbilical de um bebé espanhol permite curar o seu irmão
Andrés é o irmão mais velho de Javier Mariscal, o primeiro bebé a nascer em Espanha livre de uma doença hereditária presente na sua família e geneticamente compatível com o seu irmão doente. Andrés sofria de uma anemia congénita severa (talassemia beta major) e os seus pais decidiram ter um segundo filho geneticamente seleccionado de modo a não ter a doença e ser compatível com o seu irmão para que o transplante fosse possível. Assim que Javier nasceu, foi recolhido o sangue do cordão umbilical, que foi então transplantado para o seu irmão e lhe permitiu agora superar com sucesso a sua anemia. Num comunicado de imprensa, a conselheira de saúde andaluza Maria Jesus Montero revelou-se visivelmente orgulhosa por representar os serviços de saúde andaluzes “por serem capazes de dar resposta a este tipo de problemas” e sublinhou o facto de que se trata “da primeira vez que se descreve no mundo” um transplante completo para uma talassemia beta major.

Células Estaminais Adultas Vs Células Estaminais Embrionárias

Diferenças entre CE Adultas e CE Embrionárias

As células estaminais embrionárias podem formar todos os tipos de células do corpo visto que são  são pluripotentes. As células estaminais adultas são geralmente limitadas para se diferenciarem em diferentes tipos de células do seu tecido de origem.
            Grande número de células estaminais embrionárias pode ser cultivado de forma relativamente fácil, enquanto que as células estaminais adultas são raras em tecidos maduros e métodos para expandir o seu número de células em cultura ainda não foram elaborados. Esta é uma distinção importante, pois é necessário um grande número de células para a substituição terapêutica com células estaminais.
            Uma vantagem potencial do uso de células estaminais a partir de um adulto é que as células do próprio paciente poderão ser expandidas em cultura e em seguida reintroduzidas no paciente. O uso das células estaminais adultas do próprio paciente significaria que as células não seriam rejeitadas pelo sistema imunológico. Isto representa uma vantagem significativa na rejeição imunológica, que é um problema difícil que só pode ser contornado com imunossupressores.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

As Células Estaminais Adultas

Em que consistem?

As células estaminais adultas são células que permitem a manutenção de alguns tecidos do nosso corpo, renovando determinado conjunto de células que se encontrem em mau funcionamento.
Estas células encontram-se em vários tecidos do nosso organismo e, para além de conseguirem proliferar de forma a manterem num determinado tecido um conjunto de células estaminais, podem diferenciam-se nos tipos de células que se encontram nesse tecido.
Por terem um potencial limitado denominam-se de células multipotentes e encontram-se em cada tecido num aglomerado muito reduzido.


Onde as encontramos?

Existem vários locais do nosso corpo em que podemos encontrar estas células estaminais. As primeiras foram encontradas na década de 50, na medula óssea, e consistiam num conjunto de células responsáveis por formar todos os tipos de células sanguíneas – células hematopoiéticas.
Esta descoberta permitiu constatar a importância da medula óssea no tratamento de doenças relacionadas com deficiências de produção de certas células sanguíneas, como os vários tipos de anemia, bem como a leucemia. Ao longo dos anos, foram descobertos diversos locais do organismo que continham tecidos com células estaminais, sendo os seguintes os mais importantes:

  • Algumas regiões do cérebro
Existem células com potencialidade de originar neurónios.

  • Na pele
Existem as células estaminais da epiderme que são responsáveis pela formação as células da pele.

  • Espinal medula
Depois de se conhecer as células hematopoiéticas, descobriu-se um tipo de células estaminais responsáveis pelo surgimento de osteócitos (células ósseas responsáveis pela manutenção da matriz óssea), de condrócitos (células das cartilagens), de adipócitos (células do tecido adiposo) e de células dos tecidos conjuntivos – as células mesenquimais;


  • Ao longo do trajecto intestinal
Existe células estaminais que dão origem a células importantes do Sistema Digestivo, como as células que absorvem os nutrientes, situadas nas vilosidades intestinais

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As Células Estaminais Embrionárias

Em que consistem?



As células estaminais embrionárias são as células com grande capacidade de proliferação que permitem o desenvolvimento de um organismo no seu estado embrionário.


Ao longo da embriogénese as células possuem diferentes graus de potensialidade em originar determinados tipos de células, ou seja, ao longo do período de gestação (gravidez) as células vão perdendo a capacidade inicial de se diferenciarem em todos os tipos de célula e vão apenas poder diferenciar-se em células de um determinado tecido do corpo.



Vejamos:
  • Até ao 6º dia de desenvolvimento embrionário, todas as células são indiferenciadas e possuem todos os potenciais para formar todos os tipos de células do nosso corpo - células estaminais totipotentes. Estas células constituem, ao 6º dia de gestação, o blastocisto.
  • Depois de formado o blastocisto, dá-se a sua divisão em dois tipos de células, as do botão embrionário, que darão origem ao embrião, e as células do trofoblasto, que darão origem á placenta. Nesta fase, as células deixam de ter potencialidade de se diferenciarem em todos os tipos de células, já que ficam destinadas a apenas determinados tecidos do organismo -  passam a designar-se de pluripotentes.
  • Depois de várias divisões mitóticas do embrião que constituem o primeiro processo do desenvolvimento embrionário e após a nidação ocorre a morfogénese. Neste fase existe, no embrião, um serie de movimentos celulares, levando á formação de três tipos de camadas celulares pluripotentes ( mesoderme, endoderme e ectoderme) que darão origem a diferentes tipos de células do organismo.
  • Ao longo da gestação, ocorre a diferenciação das células em diferentes tecidos do organismo, pelo que as células estaminais embrionárias vão-se especializando em determinados tipos de células de tecidos de determinado orgão - passam a chamar-se multipotentes.
Deste modo entendemos que ao longo do desenvolvimento embrionário, existe um gradual diminuição do número de tipos de células em que elas se podem diferenciar . Existe assim uma maior importancia em estudar células estaminais embrionárias pois possuem diversas potencialidades.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

2. As Células Estaminais

O que são células estaminais?

Em 1960, foi descoberto um conjunto de células na medula óssea que originam as células sanguíneas – as células hematopoiéticas, as primeiras células estaminais a serem estudadas. Iniciou-se, então, um novo ramo de estudos dentro da Medicina, o estudo das células estaminais.
A maior parte das células do nosso corpo tem um função específica dentro de cada tecido de cada orgão, por exemplo: as hémacias (globos vermelhos) transportam o oxigénio do sangue ás células, as células da pele conseguem captar estímulos exteriores de temperatura e de toque...Contudo, existe, em cada tecido, um conjunto muito reduzido de células que não tem função específica, sendo capazes de se transformar em células específicas desse tecido sendo estas as células estaminais. 

Basicamente, as células estaminais são células indiferenciadas, ou seja, não possuem uma função em determinado sistema de orgão, como tal são capazes de se diferenciarem e originarem uma células do tecido onde se encontram que tem determinada função específica. Devido a esta capacidade, as células estaminais são chemadas de células maternas ou de raiz.

São vários os locais do nosso corpo em podemos encontrar células estaminais. As primeiras foram encontradas na década de 50, na medula óssea, e consistiam num conjunto de células responsáveis por formar todos os tipos de células sanguíneas - foram denominadas de células hematopoiéticas. Esta descoberta permitiu constatar a importância da medula óssea no tratamento de doenças relacionadas com deficiências de produção de certas células sanguíneas, como a anemia e a leucemia.

Ao longo dos anos, foram descobertos diversos locais do organismo que possuiam tecidos com células estaminais, como por exemplo, no cérebro, em tecidos da pele, no coração.

A verdade, é que a descoberta destas células tem aberto enormes possibilidades na Medicina e Biologia. Na teoria, se conseguirmos manipulá-las a diferenciarem-se no tipo de células que necessitamos para tratar determinada doença, podemos ter descoberto uma nova forma de tratamento. Este tratamento envolve a aplicação de um técnica denomidada Clonagem Terapêutica.

O objectivo da clonagem terapêutica é criar células que são 100% compatíveis com o paciente. Ao combinar o núcleo de uma célula somática do paciente com um ovo enucleado, um cientista pode colher células estaminais embrionárias a partir do embrião resultante que podem ser utilizadas para gerar tecidos que são compatíveis com o corpo do paciente. Isto significa que os tecidos criados provavelmente não serão rejeitados pelo sistema imunitário do paciente).

A cultivação de Células Estaminais em laboratório e a sua manipulação permite que obtenhamos diversos tipos de célula num cultura in vitro na qual podemos testar diferentes fármacos, diminuindo a prática desses testes em animais.

Imaginemos que temos um tecido que está danificado e queremos torna-lo novamente um tecido útil, podemos, com estas células, produzir o tecido que desejamos para posteriormente o utilizarmos. É muito mais simples recebermos um transplante de nós proprios do que de outros ( onde existe sempre a possibilidade do nosso organismo o regeitar). Assim, é bastante útil se, no futuro, se podessem, na prática, aplicar estes métodos que se conhecem teoricamente.

Durante o desenvolvimento embrionário, estas células são responsáveis pelo desenvolvimento das células do nosso organismo, enquanto que na fase adulta, estas limitam-se a reparar as células que se encontram danificadas. Assim, podemos dividir as células estaminais em dois tipos principais: as embrionárias e as adultas.








Este video foi encontrado pelo nosso grupo num blog de um outro trabalho de Área de Projecto de um grupo de alunos de outra escola. Pensamos que explicita o em que consistem as células estaminais.